La-Sallete Valente

É na maternidade que reconheço a magia da vida e o encanto das coisas simples que nos levam a olhar o mundo de um modo mais leve.

Abarcar a vida nem sempre é um processo simples. A morte entra nesse entendimento ao tirar-nos pedaços de amor. Transporta-nos para um sofrimento árduo e cruel, projeta-nos para uma realidade inalcançável e inobservável. A morte assegura a finitude humana. Contudo, o modo como experienciamos cada dia pode ser distinto se assentirmos o fenómeno como parte integrante do processo vivencial.

O interesse na temática começa a surgir ainda na altura da formação académica, mas a verdade é que o tema é ainda tabu. Não se estuda nas faculdades, evita-se falar na sociedade e não se aborda na maioria das casas. Felizmente, cresci a ouvir e a sentir a morte.

Da forma mais branda possível, falo e escrevo sobre o luto através do maior guia e da maior arma que qualquer pai, educador, homem ou mulher pode ter: o Amor. 

Que a força dos afetos, e a sua demonstração permanente, nos tragam um melhor entendimento da vida, para que a nossa morte e a dos nossos não seja definida só como uma perda impiedosa. Aprender a vida dá-nos maior bagagem para abarcar a morte e o sofrimento da perda.

 

 
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